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MuBE inaugura nova exposição: “Mupotyra: arqueologia amazônica”

Com curadoria de Carla Gibertoni, Naine Terena, Eduardo Góes Neves, Ricardo Cardim e Guilherme Wisnik, e parceria com o MAE USP, mostra reúne arqueologia, arte e meio ambiente para discutir os impactos da ação da humanidade na floresta amazônica e repensar o futuro



O MuBE - Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia inaugura no dia 26 de outubro a exposição “Mupotyra: arqueologia amazônica”. Partindo de estudos que indicam que a ação de povos indígenas ancestrais teria sido determinante para a formação da Floresta Amazônica, a mostra reúne arqueologia, arte e meio ambiente para discutir a ocupação da região e os impactos da exploração excessiva dos recursos naturais em prol do desenvolvimento. Mupotyra significa florescer em Nheengatu, língua geral amazônica. Ao revisitar o passado, a exibição propõe um chamado de consciência para imaginarmos novos futuros, de forma sustentável.


“Como Museu de Ecologia, acreditamos ser papel do MuBE trazer para o público discussões sobre a questão ambiental, e a Amazônia está no centro desta pauta. Esta exposição é também uma forma de contribuição do MuBE à preparação para a COP de 2025, em Belém.” diz a Presidente do MuBE, Flavia Velloso.


Abre a exposição a inédita coleção de Ricardo Cardim, que retrata a propaganda do projeto desenvolvimentista da ditadura militar através de uma política de exploração intensa, e propõe uma reflexão sobre como chegamos à destruição que vemos hoje.


A mostra traz para o público parte importante de uma das principais coleções de arqueologia e etnologia da Amazônia do mundo, o acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, com diversos artefatos que revelam o conhecimento altamente qualificado e o processo de resistência dos povos indígenas no Brasil.


Entre acessórios como coroas, cocares, cestas, vestimentas e peças de cerâmicas, o passado nos ensina a pensar sobre o futuro, evidenciando práticas milenares dos povos originários que fomentaram a rica biodiversidade da região. Entre elas a identificação de vestígios de complexas redes de caminhos e grandes agrupamentos humanos datadas de 2.500 anos feitas de materiais perecíveis, como madeira e palha, e o desenvolvimento de um sistema de construção com aterros artificiais que permitiram a ocupação permanente dos campos alagáveis, na Ilha do Marajó (PA).


Com expografia de Marcelo Rosenbaum, junto aos objetos arqueológicos e etnográficos são exibidas obras contemporâneas feitas por artistas que entram em diálogo e em tensão com o material histórico. Com destaque, os artistas indígenas participantes da mostra promovem a criticidade da arte indígena no contexto contemporâneo, não apenas como expressão artística em si, mas também como atos de resistência, conectando-se às raízes que as sustentam.


A mostra evidencia a importância das pesquisas arqueológicas, principalmente para a compreensão do papel dos povos indígenas no manejo dos territórios e a contribuição para a diversidade ambiental, como o plantio de espécies de árvores ao longo de trilhas e nas roças. Na exposição, essa ação milenar é apresentada em um projeto de Thiago Guarani que propõe, a partir dos conhecimentos indígenas, a criação das paisagens que compõem as áreas de floresta da Amazônia na atualidade.


Com entrada gratuita, a exposição fica em cartaz no MuBE até o início de 2025 e conta também com programas educativos, visitas guiadas e atividades especiais nos ateliês abertos aos finais de semana.

Artistas participantes: Yaka Huni Kui, U´yra, Thiago Guarani, Tainá Marajoara, Rita Huni Kuin, Pedro David, Keyla Palikur, Jaider Esbell, Gustavo Caboco, Gê Viana, Frederico Filippi, Elisa Bracher, Denilson Baniwa e Lilly Baniwa, Coletivo Artistas Pelo Clima, Cassio Vasconcellos e Maurício de Paiva


Serviço:

Exposição “Mupotyra: arqueologia amazônica” Exibição: de 26/10/24 até 09/03/2025

Assessoria de imprensa:

Alice Furtado, Agora Comunicação +55 21 98742 9038 alice.furtado@agora.site


Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE)

Rua Alemanha 221, Jardim Europa, São Paulo-SP (terça a domingo). Av. Europa 218, Jardim Europa, São Paulo-SP (quarta a domingo) Horário de funcionamento: 11h às 18h. Última entrada às 17h30 Entrada gratuita


Sobre o Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia

O MuBE, ou Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, foi criado a partir da concessão do terreno, situado entre a Avenida Europa e a Rua Alemanha, pela Prefeitura de São Paulo à Sociedade dos Amigos dos Museus (SAM), no ano de 1986, para a construção de um Centro Cultural de Escultura e Ecologia.

Para a escolha do projeto do prédio da instituição cultural, foi realizado um concurso vencido por Paulo Mendes da Rocha. Nascia, então, o MuBE e seu prédio, que é um marco da arquitetura mundial e que conta também com o jardim projetado por Roberto Burle Marx.


Siga o MuBE no Instagram: @mube_sp


Em 26/10/2024 o MuBE abriu a exposição "MUPOTYRA Arqueologia Amazônica" com curadoria de Carla Gibertoni, Eduardo Neves, Guilherme Wisnik, Naine Terena e Ricardo Cardim. Confira as fotos do evento: https://www.arteempauta.com.br/26-10-2024-mube



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